sexta-feira, 4 de março de 2011

MARIA CECÍLIA & RODOLFO DE FÉRIAS PELO BRASIL - by FSI

Pessoal, já que as férias de Maria Cecília e Rodolfo estão acabando, resolvemos, nas nossas divagações da madrugada, imaginar alguns lugares para onde eles poderiam ter ido (e ainda podem ir no futuro) para descansar.

Sem dúvidas o único famoso desses lugares é Fernando de Noronha, que Maria sempre disse sonhar conhecer. Os outros três são lugares mais discretos, mas nem por isso desmerecem uma visita, de quem quer que seja.

E como nossa imaginação voa mesmo nessas horas, colocamos nossos lindos nesses lugares, só para ver como eles se sairiam por lá.

Então, leiam, se divirtam, e quando puderem aproveitem as dicas de passeio.
Valem muito a pena...

BAÍA DO SANCHO - FERNANDO DE NORONHA - PE

A Baía do Sancho é a praia mais bela do Brasil. Isolada, coberta por vegetação nativa e limitada por uma alta falésia, onde pássaros constroem seus ninhos, ela tem areia branca e mar verde-esmeralda. Do alto da falésia mais um presente: o mirante dos Golfinhos de onde é possível ver os rotadores brincando no mar. Aliás, a vista como um todo é simplesmente maravilhosa.

O Sancho – assim mesmo, no masculino – é uma baía de águas transparentes que permite a parada de embarcações para banho, sem causar danos aos corais: uma das poucas na Ilha em que isso é possível. De fevereiro a junho, o turista é brindado com um interessante fenômeno: duas cachoeiras que se formam a partir da água da chuva e jorram de cima de um precipício.

Pode parecer o maior clichê, mas é pura verdade: quem visita a Baía do Sancho não se esquece jamais. Considerada a praia mais bonita do Brasil, ela se fixa na memória como um padrão de beleza máximo, com o qual todas as outras serão comparadas dali pra frente. O mar em tons de azul e verde, cores que ora se mesclam, ora se separam, abriga uma das faunas marinhas mais ricas do litoral. Outra peculiaridade é a imponente falésia que emoldura a areia e, como uma muralha repleta de vegetação nativa no topo, dá à praia um quê de refúgio. No período chuvoso — de abril a julho —, duas cachoeiras escorrem como cortinas d'água paredão abaixo. Também os turistas devem "escorrer" paredão abaixo para chegar à praia: é preciso descer por uma escada metálica, bem vertical e com 30 degraus, encravada numa estreita fenda na rocha — apenas um pequeno esforço para conhecer o paraíso.

Mas para curtir tudo isso é preciso muita atenção: na época da desova das tartarugas marinhas (janeiro a junho), por exemplo, a visita é proibida no horário entre 18h e 6h.

QUE MAR LINDO...

OLHEM A COR DESSAS ÁGUAS...


MARIA E RODOLFO FAZENDO PIQUENIQUE NO PÍER


PONTA DO MEL - AREIA BRANCA - RN

A Praia de Ponta do Mel pertence à chamada Costa Branca, uma belíssima e inusitada região localizada no extremo litoral norte do Rio Rrande do Norte. Ponta do Mel localiza-se a aproximadamente 345 km de Natal, a 68 km da cidade de Mossoró, e a 30 km da cidade de Areia Branca, na região oeste, em uma zona de fronteira entre o RN e o Ceará.

Reunindo serra, sertão e litoral, a semi-virgem e quase deserta Praia de Ponta do Mel é a mais importante e uma das mais bonitas da região. Pertencente ao município de Areia Branca, sua paisagem é caracterizada por falésias, dunas, oásis de coqueiros, barcos de pesca, e um povoado pitoresco. O pescador se mistura ao vaqueiro e ao agricultor, em uma espécie de zona rural à beira-mar. Fazendas que nascem na Serra do Mel chegam à imensa praia. Vegetações típicas da caatinga marcam a praia onde o contraste do vermelho das falésias com o branco das dunas e do azul do imenso mar que se confunde com o céu confere à praia um cenário de paraíso.

Assim, a Praia de Ponta do Mel destaca-se por sua beleza selvagem e por apresentar em um só lugar aspectos de serra, sertão e mar. As dunas brancas de formação extremamente particular, lembrando muito as dunas do deserto, misturam-se às grandes falésias vermelhas em imensas e majestosas enseadas. Os contrastes de cores são fortes, e o azul do mar parece se derramar sobre a terra sedenta. Os cactos e a vegetação da caatinga chegam à praia onde encontramos cabras e jegues.

No mar distante se pode ver as plataformas de petróleo e os navios que carregam sal do porto de Areia Branca e do porto de Macau para o Porto-Ilha. Do Porto-Ilha o sal é escoado para os navios maiores que levam o sal da Costa Branca para o mundo inteiro.

Apesar do mar aberto, a praia é calma e oferece um ótimo banho de mar. É que as águas são rasas devido ao relevo marinho característico da região. Exatamente por isso os grandes navios cargueiros de sal não podem navegar nessas águas rasas. O terminal salineiro, ou o “Porto-Ilha”, como é mais conhecido, foi construído nos anos 70, em parceria com a engenharia norte-americana, para solucionar esse problema operacional, constituindo-se em uma das mais impressionantes obras de engenharia naval do mundo. Esse porto oceânico foi construído próximo à área onde as águas já são mais profundas permitindo navegabilidade para os grandes navios cargueiros internacionais, que vão buscar sal na “cidade-plataforma”. E para o sal chegar até o Porto-Ilha são utilizadas as chamadas “barcaças chatas” que conseguem navegar nas águas rasas, levando o sal das salinas até o porto oceânico.

Ponta do mel possui cerca de cinco mil habitantes. É um povoado tipicamente praieiro, e apesar da população significativa, conserva ainda hábitos e costumes nativos. A praia possui poucas casas de veraneio.

Toda semana chegam à região buggies e jeeps 4x4 trazendo viajantes de todo o Brasil e do mundo para conhecer Ponta do Mel – algumas vezes também seguindo para outros destinos como: Ponta Grossa, Canoa Quebrada, Fortaleza, Jericoacoara, Delta do Parnaíba, Lençóis Maranhenses, Mossoró, Lajedo de Soledade, Galinhos, Praia do Marco, São Miguel do Gostoso, Natal, etc.

Ponta do Mel, que começou como passagem para destinos importantes do chamado turismo-aventura, transformou-se em um novo destino ecoturístico. Além de servir como apoio diferenciado para o turismo-aventura e para o turismo-ecológico, o projeto do hotel Costa Branca Eco Resort inclui preocupações de responsabilidade ecológica, cultural e social: mais de 900 árvores foram plantadas, toda a fiação de energia foi implantada por debaixo da terra sem causar poluição visual, a mão de obra local foi treinada e qualificada em parceria com o Sebrae, e a arquitetura foi implantada em total harmonia com a natureza, diluindo-se na grande e exuberante paisagem. Também foram criadas na propriedade áreas de preservação ambiental de dunas, além de trilhas para caminhadas, onde o viajante pode contemplar a natureza e conhecer um pouco mais da fauna e flora da região. Poemas e mensagens de preservação foram espalhados ao longo da fazenda à beira-mar, junto com banquinhos para a contemplação da natureza e meditação.

O Costa Branca Eco Resort participa ativamente da vida da comunidade local, empregando e capacitando as pessoas da região, colaborando com eventos e associações religiosas, esportivas, sociais e educacionais, fomentando a consciência ecológica na população e cobrando do poder público o seu papel. O Hotel já realizou entre outros eventos um concurso de poesia com mais de 100 poemas participantes dos moradores de Ponta do Mel e praias vizinhas; além de promover constantemente apresentações de cordelistas e repentistas de Mossoró e região para os hóspedes do Hotel. O Hotel também colabora com a ONG RESPOSTA contra o turismo sexual infanto-juvenil.

As praias próximas a Ponta do Mel, também possuem uma rara e impressionante beleza, formando um conjunto de paisagens surpreendentes e inesquecíveis, como as Praias de Cristóvão e Redonda (também pertencentes ao município de Areia Branca) e a Praia do Rosado (pertencente ao município de Porto do Mangue).

LÁ ELES PODEM PASSEAR DE JANGADA...

E CRUZAR AS DUNAS NUM JIPE PILOTADO PELO VANDINHO


GUARAÚ - PERUÍBE - SP

Um paraíso ecológico onde o mar e a montanha se encontram para criar um ambiente paradisíaco, de rara magia e beleza. Composta da maior Fauna e Flora preservadas da Mata Atlântica, abrigando animais em extinção como o bicho preguiça, está localizada na cidade de Peruíbe, ao lado da Reserva Ecológica da Juréia, uma das cinco áreas consideradas pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade. São aproximadamente 80.000ha de mata atlântica virgem e protegida, com diversos ecossistemas associados, como restingas, manguezais, banhados, praias e costões rochosos, tendo como plano de fundo um cenário estonteante, com cachoeiras, cavernas, trilhas, rios e muitas praias, com a possibilidade de diversos passeios ecológicos, esportes náuticos e muita aventura a partir do porto do Rio Guaraú, que tem atraido um grande número de turistas, além de alunos e pesquisadores interessados em estudos do meio e ecosistemas.

Estamos a 10 minutos do futuro Porto Brasil que será o maior porto da América do Sul. A Praia do Guaraú oferece ainda, além do sossego e tranqüilidade que a região oferece, a opção para ótimos passeios e o tratamento com a famosa Lama Negra de Peruíbe, possuindo excelentes ofertas de hospedagem em pousadas ecológicas.

É uma das mais belas praias do litoral brasileiro, onde se reúnem a beleza natural de suas areias claras, águas transparentes, bandos de gaivotas e o verde da Mata Atlântica, tudo entremeado com rios e cachoeiras em um ambiente bucólico e paradisíaco.

Mas, além de abrigar um dos mais importantes santuários ecológicos do mundo, a região de Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, é conhecida pelo incrível número de avistamentos de OVNIs e por sua riqueza em lendas.

Se há uma região no território brasileiro de rara beleza natural, com inúmeras lendas, mistérios arqueológicos, fenômenos sobrenaturais e com forte casuística ufológica – tanto no céu como no mar – é, sem dúvida, Peruíbe, “porta de entrada” da Estação Ecológica da Juréia-Itatins.

É um exuberante refúgio da vida selvagem com várias espécies endêmicas, ou seja, que só existem na região. Cachoeiras, rios, mangues, trilhas na Serra do Mar e mistérios oferecem ao visitante que quiser desbravá-la, um verdadeiro presente da natureza.

A origem do nome Peruíbe já é um mistério. No brasão da cidade, uma faixa prateada representa o rio Preto, e o tubarão simboliza o nome do município; Peruíbe deriva de Iperú-y-be que, na língua tupi, significa “rio do tubarão”. Porém, inúmeras versões sobre a origem do nome foram levantadas pelos historiadores. Segundo uma delas, o nome se refere à saudação dos meninos indígenas ao receberem os portugueses; eles diziam pêro-yba, que em tupi significa "seja bem-vindo".

A história de Peruíbe é bem antiga, vindo da primeira metade do século 16, com Martim Afonso de Sousa e seu comandante de esquadra, Pedro Martins, que estabeleceram os limites da povoação entre os rios Itanhaém e Peruíbe, cujas terras eram exploradas por Pero Corrêa. Era considerado o local ideal para o ancoradouro das naus e, em 25 de maio de 1542, a área de Peruíbe foi oficialmente entregue a Pero Corrêa pelo escrivão Antonio de Oliveira.

Em dezembro de 2005, realizamos uma expedição a essa região, com o intuito de apurar ocorrências de natureza desconhecida e também investigar aspectos arqueológicos dessa região no litoral sul de São Paulo. A expedição foi composta por dois pesquisadores do grupo EXO-X – o professor Alexandre Ficheli e eu – e pela estudante Joice Kelly e o pescador Ernandes, este último testemunha ocular de fenômenos ufológicos na região. Num deles, numa noite em meados de 2001, ele observou uma forte luz dourado-prateada na localidade conhecida como Perequê, vinda da direção do Morro do Juquiá. A luz foi aumentando de tamanho aos poucos, até chegar ao ponto dele poder perceber alguns detalhes do objeto que, segundo suas palavras, se assemelhava a um ônibus com extremidades arredondadas e uma fileira de janelas. O objeto passou cerca de 50 metros acima de sua cabeça e, nesse instante, Ernandes teve sensações estranhas de "levitação" e arrepio por todo o corpo.

Para auxiliar na expedição, Ernandes colocou à disposição seu barco de pesca. A equipe saiu do porto do rio Guaraú e atracou numa área da reserva ecológica da Juréia, posteriormente seguindo por uma trilha estreita na mata, chegando à praia do Guarauzinho.

No trajeto, encontramos o senhor Avelino Rodrigues, de 74 anos, que presenciou alguns eventos ufológicos, principalmente "bolas" de brilho intenso, com cores variando entre o branco e o amarelo. A última aparição foi na primeira semana de dezembro de 2005, com o objeto pairando acima de sua cabeça, por volta das 21 horas. O senhor Avelino nos disse que, há alguns anos, ele estava nessa mesma praia com sua família, no mesmo horário, quando todos observaram um objeto esférico com forte luz esbranquiçada que vinha na direção da Ilha da Queimada. Ele pairou algumas dezenas de metros acima da praia e, como Avelino estava com uma lanterna, apontou a luz para o UFO que, por sua vez, projetou um grande feixe de luz branca sobre a família. Todos ficaram com medo e foram se esconder atrás de um rochedo; em seguida, o objeto foi embora na mesma direção de onde tinha surgido.

Durante a mais recente pesquisa ufológica, em 2005, o EXO-X colheu um importante e inusitado relato de Oswaldo Capi, de 44 anos. Por volta das 23h30 do dia 25 de dezembro, Capi estava assistindo à TV quando esta e a luz da casa começaram a falhar, piscando várias vezes, até se apagar. Em seguida, ele foi à varanda, de onde tem uma vista completa da serra e do Morro do Peruíbe, e observou um objeto imenso com a forma de uma arraia, acinzentado e com intensa luminosidade branco-amarelada, que se deslocava lentamente a baixa altitude, a poucas dezenas de metros do solo.

Segundo a testemunha, o tamanho aparente do objeto era comparável ao do ginásio perto de sua casa – com aproximadamente 70 metros. Depois de vários minutos, o tal objeto se deslocou no sentido da serra e desapareceu.

Outras lendas de Peruíbe...

Tucano de Bico de Ouro

Lenda da região da Juréia-Itatins, confirmada pelos pescadores da região do Guaraú. Segundo ela, há um tucano de bico de ouro que aparece a cada sete anos, voando no Morro do Pogoça e no maciço da Juréia; diz-se que a pessoa que vir o tucano de bico de ouro será muito rica.
Há também a lenda dos vaga-lumes...
No dia de aniversário da morte do Padre Leonardo Nunes (em junho), a Capela de São João Batista retoma a sua forma original pela ação dos vaga-lumes.


Pedra da Serpente

A Pedra da Serpente é um dos locais onde muitos relatam ter observado luzes e seres estranhos. Um conto indígena diz que ali existia uma gruta da qual saíam fumaça e fogo. Um dia, os deuses a fecharam, deixando na porta os contornos que lembram uma serpente.

Atualmente, há relatos no local de que, à noite, é vista uma pessoa loira de quase dois metros de altura, com cabelos muito longos, vestindo algo semelhante a um macacão prateado; outras vezes, usa uma túnica branca e, na altura do peito, um emblema de uma serpente. Ela se dirige à rocha, entra na mesma e desaparece.

Há relatos de aparições luminosas com forte brilho esbranquiçado que saem da Pedra, como cita "seu" José; segundo ele, a pedra parece ser um “portal”, e muitos sentem “algo” de estranho ao lado dela.

Segundo o escritor Oswaldo Herrea, se uma pessoa passar sozinha em frente do portal, mais ou menos à meia-noite, em certas ocasiões, poderá ver o vulto de um gigante branco saindo da montanha e atravessando a pedra. Muitos o descrevem como um homem alto, de vestimenta branca, loiro e emanando uma luz tênue. Ele costuma ficar no meio da estrada, observando o céu, os arredores e o mar, para depois retornar à "porta". É considerado o protetor-guardião de Peruíbe.

Além disso, fala-se muito em bolas de fogo e pássaros de metal – supostas naves – que entram e saem da montanha; eles teriam energia antigravitacional pois, ao passarem pela encosta da montanha, as pedras ficam suspensas no ar, como que envolvidas pelo campo magnético da nave. Diz-se que, há milhões de anos, teriam chegado naves vindas de outros planetas e sistemas; elas trouxeram máquinas e seus ocupantes cultivaram as terras, usando pedras em suas construções e cortando-as como madeira. Tinham um chefe, chamado Jurapara, que usava um emblema no peito: o desenho de uma cobra negra.

Oswaldo Herrea diz que na região há "moradores invisíveis". Nos tempos antigos, ele explica, não havia estradas, mas em certas noites, no caminho onde hoje é a estrada para o Guaraú, um "portal" se abria, e dele saíam fumaça e fogo. No entanto, certo dia, o portal apareceu fechado, como se estivesse soldado por uma energia estranha e, a partir dessa data, nunca mais foi vista aberta. Até hoje os moradores do Guaraú consideram o local sagrado e dizem que dentro da montanha há "vida especial", com moradores que protegem Peruíbe.

A montanha é conhecida por silvícolas e esotéricos que vieram estudá-la detalhadamente e percorreram os diversos caminhos entre as pedras. A porta se assemelha a uma cobra gigante impressa na parte rochosa, e muitos atribuem a ela um imenso poder energético; antigamente, as pessoas vinham de longe para acariciá-la sete vezes.

Segundo consulta no Departamento de Cultura de Peruíbe, na tribo dos tupiniquins havia um cacique de bravura e coragem inigualáveis. Seu nome era Peroibe. Sua valentia era conhecida e a terra de Peroibe, respeitada por todas as tribos ao redor.

Um dia, quando Peroibe e seus guerreiros perseguiam um suaçu (veado), chegaram a uma fonte de águas cristalinas. Como estavam cansados, beberam e, de repente, o cansaço sumiu e o vigor se restabeleceu em seus corpos. Todos gritaram: "Icaraí! Icaraí!" (água santa) e retornaram à aldeia, contando a descoberta milagrosa.

Foram as mulheres que mais se serviram das águas da fonte, mantendo-se sempre jovens e desejadas pelos guerreiros de todas as tribos, o que fez com que as moças de outras tribos sonhassem também com o uso da água milagrosa. Juréia, filha única do cacique Pogoça, da tribo dos carijós, na retama (região) de Igua, soube da descoberta e, ao pegar o caminho da ibicuí (praia de areia fina), chegou à retama dos tupiniquins, alcançou a fonte e mergulhou nas águas cristalinas.

O cansaço sumiu e o corpo de Juréia vibrou ao sentir uma corrente deliciosa, até então nunca sentida, fluindo por todas suas células. Com seus lábios semi-abertos, as pálpebras semicerradas e as pupilas dilatadas, experimentou um desejo novo, misterioso e confuso: ao mesmo tempo queria correr e agir, soltar-se, mas também abandonar-se e estremecer ao toque das águas que, como mãos atrevidas e invisíveis, acariciavam seu corpo.

Peroibe, que estava descansando na pindi (clareira) a poucos metros da fonte, ouviu o barulho das águas e, abandonando seus sonhos e divagações, virou-se naquela direção. Viu o rosto e o corpo de Juréia e ficou como que enfeitiçado. Extasiado, imóvel. Tentou gritar, mas de sua boca só escapou um sussurro: “Deusa! Deusa!”

Juréia sentiu algo quente que a tocava vindo da mata, olhou e viu a figura imóvel de Peroibe. Pensou: "Um deus!" E, rápida como um ati (ave), saiu da água e desapareceu pela ape (trilha). Peroibe, ainda sem saber se a imagem que tinha visto era real ou fantasia, com o coração batendo rápida e impacientemente, logo ficou em pé e meteu-se na mata em busca de Juréia.

Pogoça sentiu a falta da filha que não via há dias e, quando ela apareceu, quis saber aonde tinha ido. Sabendo da verdade, enfureceu-se e, com a ajuda dos pajés, enclausurou Juréia na caverna de Itabirapuã (pedra em pé redonda), no topo do Ibitira (morro), para poder ser vigiada por todos os lados. A porta de pedra fechou-se para sempre, por medo de que o deus que a filha tinha visto tentasse roubá-la de novo.

Em vão, Peroibe vasculhou as matas e, cansado e esgotado, entrou em tristeza profunda; negava-se a comer e a beber da água da fonte que os pajés lhe traziam. Nos seus sonhos perturbados, sussurrava: “Deusa, deusa!”

Os pajés se juntaram em conselho e resolveram evocar Guaraci (Sol), pedindo ajuda. Atendendo ao pedido, Guaraci, até que a amada de Peroibe retorne, transformou o guerreiro numa rocha, para que Ara (o tempo) não o transformasse, e disse que somente o calor dela poderia despertá-lo.

Enclausurada, Juréia chorava e evocava Japoracira (Lua), sua protetora, para que a ajudasse a reencontrar seu amado deus. Japoracira se entristeceu e, cheia de compaixão, transformou-a em bola de fogo.

Assim, em certas noites ela sai de sua prisão, percorrendo os sambaquis em busca de seu amado. No dia em que encontrá-lo, petrificado, o despertará do sono eterno com seu calor, e a porta do Pogoça se abrirá, libertando-a para que os dois possam se unir. Aí, então, renascerá a raça perdida dos bravos tupiniquins.

PRAINHA

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A FAMOSA PEDRA DA SERPENTE


PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CAPIVARA - SÃO RAIMUNDO NONATO - PI

O Parque Nacional Serra da Capivara está localizado no sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. A superfície do Parque l é de 129.140 ha e seu perímetro é de 214 Km. A cidade mais próxima do Parque Nacional é Cel. José Dias, sendo a cidade de São Raimundo Nonato o maior centro urbano. A distância que o separa da capital do Estado, Teresina, é de 530 Km.

A maneira mais rápida de chegar ao Parque é através de Petrolina, cidade do Estado de Pernambuco, da qual dista 300 Km. A cidade de Petrolina dispõe de um aeroporto onde opera atualmente a Gol, e a BRA, ligando a região com Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

A criação do Parque Nacional Serra Capivara teve múltiplas motivações ligadas à preservação de um meio ambiente específico e de um dos mais importantes patrimônios culturais pré-históricos. As características que mais pesaram na decisão da criação do Parque Nacional são de natureza diversa:

Culturais - na unidade acha-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres, nos quais se encontram vestígios extremamente antigos da presença do homem (100.000 anos antes do presente). Atualmente estão cadastrados 912 sítios, entre os quais, 657 apresentam pinturas rupestres, sendo os outros sítios ao ar livre (acampamentos ou aldeias) de caçadores-coletores, são aldeias de ceramistas-agricultores, são ocupações em grutas ou abrigos, sítios funerários e, sítios arqueo-paleontológicos;

Ambientais - área semi-árida, fronteiriça entre duas grandes formações geológicas - a bacia sedimentar Maranhão-Piauí e a depressão periférica do rio São Francisco - com paisagens variadas nas serras, vales e planície, com vegetação de caatinga ( o Parque Nacional Serra da Capivara é o único Parque Nacional situado no domínio morfoclimático das caatingas), a unidade abriga fauna e flora específicas e pouco estudadas. Trata-se, pois, de uma das últimas áreas do semi-árido possuidoras de importante diversidade biológica;

Turísticas - com paisagens de uma beleza natural surpreendente, com pontos de observação privilegiados. Esta área possui importante potencial para o desenvolvimento de um turismo cultural e ecológico, constituindo uma alternativa de desenvolvimento para a região.

Em 1991 a UNESCO, pelo seu valor cultural, inscreveu o Parque Nacional na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 2002 foi oficializado o pedido para que o mesmo seja declarado Patrimônio Natural da Humanidade.

O Parque Nacional Serra da Capivara é subordinado à Diretoria de Ecossistemas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), tendo sido concluída a sua demarcação em 1990. Em torno do Parque foi criada uma Área de Preservação Permanente de dez quilômetros que constitui um cinto de proteção suplementar e na qual seria necessário desenvolver uma ação de extensão. Em 1994 a FUMDHAM assinou um convênio de co-gestão com o IBAMA em 2002 um contrato de parceria com a mesma instituição.

Depois de criado, o Parque Nacional esteve abandonado durante dez anos por falta de recursos federais. Análises comparativas das fotos de satélite evidenciaram esse fato. Durante este período a Unidade de Conservação foi considerada “terra de ninguém” e como tal, objeto de depredações sistemáticas. A destruição da flora tomou dimensões incalculáveis; caminhões vindos do sul do país desmatavam e levavam, de maneira descontrolada, as espécies nobres. O desmatamento dessas espécies, próprias da caatinga, aumentou depois da criação do Parque, em decorrência da falta de vigilância.

A caça comercial se transformou numa prática popular com conseqüências nefastas para as populações animais que começaram a diminuir de forma alarmante. Algumas espécies, como os veados, emas e tamanduás praticamente desapareceram. Estes fatos tiveram conseqüências negativas na preservação do patrimônio cultural. A falta de predadores naturais provocou um crescimento descontrolado de algumas espécies, como cupim ou vespas cujos ninhos e galerias destroem as pinturas.

As causas desta situação são em parte externas à região, mas também decorrem da participação da população que vive em torno do Parque. São comunidades muito pobres, algumas das quais exploravam roças no interior dos limites atuais do Parque. Estas populações dificilmente compreendem a necessidade de proteger espécies animais e vegetais uma vez que os seres humanos apenas logram sobreviver. Assim, a população local depredava as comunidades biológicas e o patrimônio cultural do Parque Nacional e áreas circunvizinhas, pela caça, desmatamento, destruição de colméias silvestres e a exploração do calcário de afloramentos, ricos em sítios arqueológicos e paleontológicos.

PEDRA FURADA - ESCULTURA FEITA PELA NATUREZA
QUE HOMEM ALGUM É CAPAZ DE COPIAR

CÂNION DO INFERNO - INFERNO SÓ NO NOME

MARIA E RODOLFO PRONTOS PARA EXPLORAR A CAVERNA


E aí, o que acharam?

Como dissemos, são sugestões inusitadas, para fugir mesmo do óbvio.

E agora, descansados e cheios de energia, Maria, Rodolfo e todos nós vamos botar fogo nesse país... Ah, e fora dele também, hein! Não se esqueçam que em 2011 nossos lindos vão fazer tremer a terra do tio Sam e o Novo Mundo!